DAVINA
Os olhos de Aaron, sempre atentos, deslizaram por mim e por Timmy, aquele sorriso indecifrável brincando em seus lábios.
— Espero que eu não esteja interrompendo — ele disse, mas o tom sugeria exatamente o contrário.
— O que vocês estão tramando?— retruquei, esticando o pescoço para olhar para ele e tentando parecer no controle da situação.
Timmy, soltou uma risada baixa e balançou a cabeça. Ele ainda estava relaxado contra a aparede perto da porta, um braço apoiado atrás da cabeça, mas havia algo a mais na forma como ele olhava para Aaron. Uma troca silenciosa, cheia de entendimento.
— Então… você chamou ele aqui por quê? — perguntei a Timmy, arqueando a sobrancelha. Ainda desconfiada.
Aaron apenas sorriu, aquele tipo de sorriso que eu já devia ter aprendido a temer.
— Sério que ainda adivinhou? — ele disse, rindo feito uma hiena engasgada.
— Eu disse que ia te provar que estou dentro. — Timmy deu de ombros. — Então achei que você merecia um presente.
Meu cérebro patinou por