Vitória,

— Se alguém me dissesse, anos atrás, que eu estaria aqui, de frente pra mulher que virou minha cura, meu caos mais doce, minha casa… eu teria rido. Porque o homem que eu era… não sabia amar. Só sabia dominar, controlar, quebrar. Eu achava que o poder estava em fazer a mulher se render. Que prazer era ver alguém se moldar à minha vontade. Mas então você apareceu. Com esse olhar que me desarma mais do que qualquer grito. Com essa força que não precisa de algemas pra me prender. Você tentou me mudar, me mostrou, com cada sorriso seu, com cada toque, cada palavra, que havia mais. Muito mais. Com você, eu aprendi que o verdadeiro prazer não está na dor. Está no riso que você solta quando te surpreendo com as minhas carícias e loucuras. Está no arrepio que corre pela sua pele quando te beijo devagar. Está no seu gemido abafado no meu ouvido quando te toco com amor, e não com a pressa de um ego ferido. Eu não sou mais o homem que queria te ver de joelhos. Sou o homem que quer te ve