capítulo 67 Ela é minha.

Eliz

É inacreditável o ego desse lobo. Até Nara conseguiu ficar com raiva da fala dele. Ir a uma ex dele para expor que eu sou infértil — coisa que eu nem sou — era mostrar a jugular ao inimigo e dizer: “Morde aqui.” Quem dá seus pontos negativos a um rival? Só pode ter feito isso para me humilhar.

Não falei nada; levantei-me e fui direto para o nosso quarto.

— Eliz — ele chamou, e eu fingi não ouvir. — Eliz.

Estou cansada demais de brigar com Adam. E se ele prefere a Cássia à Kaya e, pelas minhas contas, ainda tem mais uma por aí, que ele vá pro inferno com elas.

— Você está me ignorando, loba? — rosnou. Fechei os olhos e pedi sabedoria à deusa Selene; se eu tivesse forças, eu o matava, sem dúvida.

Ouvi a porta bater tão forte que nem sei se ela ficou inteira. Não me virei. Larguei minha mochila num canto do quarto e fui tirando as roupas peça por peça enquanto caminhava até o banheiro. Liguei o chuveiro no máximo, com água morna, e me enfiei debaixo, deixando a cabeça debaixo d’água
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