Eliz
A raiva que emanava do meu corpo era tão intensa que, ao entrar na matilha do Sul, cada lobo e loba baixava o olhar em submissão, expondo o pescoço.
Um filhote se escondeu atrás da mãe, assustado. As palavras de Kaia ainda ecoavam em minha mente — eu seria a responsável por administrar os dias em que outras três fêmeas se deitariam com Adam.
Curvei as garras no chão e lambi a bochecha do pequeno. No abrigo das fêmeas, aprendi a lidar com os mais novos, e ele riu, esquecendo o medo.
Quem me dera meus problemas se resolvessem tão fácil...
Meu pai me observava sem entender nada, coçando a nuca. Minha mãe, por sua vez, já deixava escorrer uma lágrima silenciosa, pressentindo que algo não ia bem. Passei por eles em forma de loba e subi para meu antigo quarto.
Deitei-me, tentando calcular a dor que vinha dele. Eu conseguia sentir tristeza genuína em meu peito. Como isso era possível? Seria o vínculo? Ele sentiria o mesmo pelas outras?
Minha mãe bateu na porta, e voltei à