— Podem sair. Em alguns minutos, chamaremos para o veredito final.
Ficamos no corredor. O Supremo, em seus dois metros de puro músculo e presença esmagadora, cruzou os braços e me fitou, impassível. Seus olhos escuros eram os de um predador, me analisando como quem avalia se a presa ainda tem forças para fugir.
O poder dele vibrava no ar como uma corrente elétrica, chamando minha loba. Ela gritava em minha mente: “Companheiro. Companheiro.”
Eu precisei lembrá-la repetidamente da cena que presenciamos com a loba loira em seu colo — do toque íntimo, da maneira como ele a segurava como se fosse sua, e do tratamento que ele me deu. Só assim consegui acalmar seu impulso de correr até ele.
O colar enfeitiçado em meu pescoço continuava firme. Um escudo eficaz. Ele não conseguia me sentir, nem acessar o vínculo. Ainda assim, observava. Silencioso, dominante. Enquanto isso, meu pai me esmagava com sua aura.
— Então foi pra isso que te criei? Pra me humilhar diante do Conselho? Minha úni