Capítulo 85 As primeiras roupinhas.
Eliz
Desliguei o telefone.
Não sei o que me deu para achar que o convenceria a me aceitar.
Nara estava entristecida, mas resoluta. Ela criou uma bola de energia em volta dos filhotes.
Segurei com força o telefone e entrei no carro.
Fomos para São Paulo — uma cidade enorme e populosa.
Os lobisomens normalmente queriam distância de lugares assim.
Sem espaço para correr, sem o consolo da lua.
Ficar trancada sentindo o chamado e não poder se transformar era uma agonia.
Olhei ao redor, o lugar estava cheio de humanos, e o pânico se instalou.
Eu não podia ir a um hospital humano.
Que Selene me ajude.
Já estive aqui algumas vezes, em passagens rápidas, mas nunca imaginei morar neste lugar.
Os carros passando depressa, as buzinas estridentes, o barulho da cidade incomodavam minha audição apurada.
Os diversos cheiros humanos castigavam meu olfato sensível.
— Caso precisar, me ligue. Eu vou indo. — Eron falou, enquanto descia uma mala e entregava a Amara.
Subimos para o décimo oitavo andar.
Nos