Vanessa Bragança
Meus pensamentos giravam em torno de como Gabriel Santos me enganou tão bem durante três anos. Pensando com atenção, agora eu percebia: foi tudo tão conveniente. Ele apareceu após o enterro da minha mãe, tão solícito, paciente e amoroso. Meu pai havia se fechado no luto; eu o escutava chorar quando passava pela porta do quarto de madrugada.
Minha mãe sempre fora uma mulher sagaz e inteligente — fazia isso com maestria; era um dom natural.
— Senhora... Vanessa.
Ela devia estar chamando há algum tempo.
— Me desculpe, Vera. Estava admirando a paisagem aqui da janela.
Dou-lhe um sorriso.
— Vera, busque uma tesoura e corte a faixa do meu rosto, por favor.
— O alfa quer tomar conta da senhora pessoalmente.
A mulher parecia aterrorizada. Já vi funcionários fiéis, mas os dele pareciam dispostos a se jogar no fogo por ele. Credo.
— Eu resolvo com o Adrian. — Ela foi pegar a tesoura e começou a cortar delicadamente a faixa. — E então, você é como o Adrian?
Joguei a re