Ela realmente não tinha escolha...
Aline respirou fundo, levantou a cabeça para o juiz e respondeu com firmeza:
- Sim, na noite de 6 de junho, às dez horas, eu estava no banco do passageiro do carro de Mateus e vi com meus próprios olhos ele atropelando uma pessoa até a morte.
Mateus, no banco dos réus, ficou imediatamente tenso, e a luz de esperança em seus olhos se apagou num instante.
- Réu Mateus, você tem algo a dizer agora?
O homem olhou friamente, seus olhos vermelhos fixos em Aline, dando uma risada fria de desespero e ódio.
Ele disse, pausadamente:
- Não tenho nada a dizer.
A mulher que ocupava todo o seu coração agora estava do lado oposto, acusando-o impiedosamente de ser o assassino.
Todo mundo poderia trair Mateus, mas por que tinha que ser Aline!
- Bang
O martelo do juiz soou novamente!
- O réu Mateus Barros, por violar o artigo 133 do Código Penal, causando a morte do demandante Rodrigo Costa. Agora, este tribunal declara que o réu Mateus é condenado a três anos de prisão e uma multa de quinhentos mil reais.
Após o julgamento, os guardas levaram Mateus, vestido em seu uniforme prisional.
Ele olhou para trás profundamente para ela, seus olhos cheios de um ódio incontrolável.
Aline sabia que ele agora a odiava profundamente.
Ela destruiu completamente Mateus, que deveria ter um futuro brilhante.
As pontas dos dedos finos de Aline pressionavam a palma da mão, sangrando...
...
Três dias depois.
Aline conseguiu o direito de visitar Mateus.
Separados por um vidro, eles se olhavam enquanto falavam ao telefone.
- Mateus, vou encontrar alguém para te tirar daqui logo!
Ele deu uma risada fria:
- Aline, acabou entre nós. Você não precisa mais vir aqui com essa farsa. A partir de agora, você continua sendo a filha da família Ribeiro, e eu sou um prisioneiro atrás das grades!
- Mateus, me desculpe...
As lágrimas, escorrendo dos olhos para o coração, ela estava com tanta dor que não conseguia respirar.
- Você não deveria estar aqui!
Mateus tirou um pequeno caderno do bolso do uniforme prisional, mostrando-o a ela.
Era o retrato que ela secretamente fez para ele.
Cada página era uma imagem dele.
Mateus sempre guardou como um tesouro.
Ele sorriu friamente e sombriamente, rasgando o caderno em pedaços e jogando-os no ar.
- Aline, não há mais possibilidade entre nós. Tudo isso é graças a você!
Mateus era resoluto e assustador.
- Tudo isso é graças a você!
Essas palavras eram como uma faca afiada, esfaqueando diretamente no coração de Aline!
A hora da visita acabou.
Os guardas levaram Mateus.
Mateus se levantou, pisando nos pedaços de papel, e também esmagando o coração dela.
- Mateus...!
Ela gritou por ele, chorando.
Mas ele nunca mais olhou para trás.
Aline cobriu a boca com a mão, chorando incontrolavelmente, murmurando:
- Estou grávida... Mateus... estamos esperando um filho.
Talvez por causa da emoção, Aline sentiu uma dor forte no baixo ventre, tocando-o instintivamente, olhando para baixo...
Na calça branca, já havia manchas de sangue vermelho e brilhante...
[Aviso: O enredo é dramaticamente intenso, misturando doçura e sofrimento.]