Mateus olhou para Julieta com uma expressão bastante serena.
Até que Julieta segurou sua mão:
- Papai, por que sua mão está tão fria?
Ele se agachou para ficar à altura dela.
Seu pomo de adão moveu-se em dificuldade, engolindo várias vezes antes de conseguir falar.
Sua voz saiu rouca:
- Sua mãe ainda não está pronta para me aceitar.
A pequena mão de Julieta acariciou a cabeça de Mateus:
- Não fique triste, papai. Na próxima vez que eu ver a mamãe, vou falar bem de você. Ela é tão bondosa, vai te dar outra chance. Ela ainda gosta de você, não perca a esperança.
Mateus apenas a observava.
Ela era tão parecida com sua mãe, parecia uma pequena Aline.
Os olhos de Mateus se avermelharam, e ele segurou as lágrimas, demorando um bom tempo antes de conseguir dizer uma palavra:
- Tá.
- Papai, você está chorando?
- Não, foi só o vento.
- Ah, tá bom então, papai. Estou com sono, posso levar o Batata para dormir comigo?
- Claro.
Julieta pegou o gordinho Batata nos braços e desejou:
- Boa noi