Aline permaneceu ajoelhada em frente ao altar durante toda a noite, em um estado quase trance.
Julieta a acompanhava, também ajoelhada.
Ela estava exausta, mas resistia ao sono.
Temia que, se adormecesse, sua mãe a deixaria para se juntar à avó em um lugar melhor.
...
Lá embaixo, dentro de um carro preto Maybach.
Mateus sentado no carro, remexeu no porta-luvas e tirou um celular antigo.
Era um modelo de casal.
O dele era preto o de Aline, branco.
Até os números de telefone dos dois celulares eram sequenciais.
Esse número havia sido desativado por três anos.
Depois que ele saiu da prisão, por algum impulso, recarregou o telefone e manteve o número.
Ele nem sabia por que fazia isso.
A razão dizia que era inútil, uma baixeza, um delírio que não deveria existir.
Mas os sentimentos são selvagens, selvagens o suficiente para fazer perder o controle.
E Aline, como um pedaço de agarwood, inicialmente não parece intoxicante, até mesmo fazendo-o acreditar que tudo estava sob controle, que podia