ANA
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Depois do banho, eu me vesti e fui atrás do Valente, o meu pé estava doendo muito, então eu tive que chamar por ele do corredor.
— O que aconteceu, Ana?
Ele perguntou preocupado.
— Está difícil andar, eu estou sentindo muita dor.
Ele caminhou em minha direção e me pegou nos braços.
— Eu vou te levar ao ambulatório.
— Isso aqui tá parecendo a casa do Kall.
Eu falei enquanto ele me carregava.
— Nós não podemos chegar no hospital com perfuração de bala, pois os próprios médicos mandam chamar a polícia, por isso temos um ambulatório particular, o seu pai foi quem mandou o Kall providenciar um pra casa dele, e aqui não poderia ser diferente.
— Mas ele não era da CIA? Qual o problema chegar no hospital com perfuração de bala? Afinal ele poderia alegar que fazia parte do trabalho dele.
Ele entrou comigo numa enorme sala, com macas e equipamentos de ponta, e lá haviam dois médicos e um enfermeiro.
— Braga, essa é a Ana, ela levou um tiro de raspão no calcanhar, é possível que tenha af