A manhã passou rápido, e logo após o almoço com os mesmos homens que estavam reunidos na mesa pela manhã, me olhando com atenção e com meu estômago revirando, finalmente don Giorgi Montanaro me chamou para a conversa que eu tanto temia. Sentia que minha máscara cairia a qualquer momento...
Respiro fundo, tentando acalmar os nervos que pareciam estar à flor da pele. Cada passo em direção ao escritório era como caminhar sobre brasas. As borboletas no estômago se transformaram em um turbilhão de ansiedade. Assim que entro, ouço sua voz gutural, que ecoa como um trovão no silêncio da sala:
— Feche a porta e sente-se. A conversa que quero ter com você será esclarecedora, e não quero ficar com dúvidas sobre você, garota.
Concordo com a cabeça, minhas mãos trêmulas trancando a porta. Sento-me na poltrona, tentando manter a postura, mas meu coração batia tão forte que eu quase podia ouvi-lo. Don Giorgi se levanta com uma calma que só aumenta minha apreensão. Ele coloca duas doses de uísque, en