Estou no meu quarto, envolto em um silêncio pesado, à espera das informações que podem mudar tudo. A luz fraca do abajur cria sombras dançantes nas paredes, enquanto o tic-tac do relógio parece ecoar como um contador regressivo para o inevitável. Finalmente, a porta se abre, e ele entra, acompanhado do outro. Muralha, meu braço direito, avança com passos firmes e me entrega um papel. Mal preciso ler para saber do que se trata. O homem que acompanhou Kara Grecco até sua casa confirma o que eu já suspeitava: ambos os assassinos estão juntos e estão tentando se aproximar de mim. Não é para me matar, com certeza. Eles precisam da minha ajuda, da ajuda da Khazar...
Dou um sorriso frio, quase imperceptível, com a confirmação daquilo que já sabia. Dispenso os outros com um gesto de mão, e a sala esvazia-se, deixando apenas o eco dos passos. Está na hora de dar mais um passo no jogo de Kara. Vamos ver até onde a ousadia dela vai...
Deitado na minha cama, o cansaço finalmente me vence. O peso