Capítulo VI - No caminho da Escola

Madrugada de segunda-feira, não passa das 5 horas e, Mayara já está se preparando sua ida para a escola. É meados de setembro e está em período de provas por isso não havia necessidade de levar muito material escolar. Ela havia vestido o uniforme e começava a preparar o café da manhã, pois a estudava em uma escola pública, municipal, uma das melhores escolas públicas da cidade. Precisaram passar por processo seletivo para conseguir a vaga. Como sempre ela despertava Flávia ligando apra a casa dela. E as duas se encontravam no ponto do ônibus, pois a escola não ficava na Vila e sim num local classe média alta da cidade.

Mayara saiu de casa com cabelos presos em um jovial rabo de cavalo com alguns fios soltos que caiam nos olhos. O penteado fazia com que ficasse exposto todo o seu pescoço e a nuca. Ela vestia uma calça de uniforme azul que tinha um corte reto e uma blusa branca com o imblema da escola. Dependurado ao ombro ela levava sua bolsa a tira colo. Seu tamanho e aparência esguia a destacava no meio das outras pessoas no ponto do ônibus. Parada no ponto ela guardava lugar na fila para Flávia. Sua amiga chegou e uns minutos depois o ônibus apareceu. Já era por volta das 6 horas. Flávia estava ansiosa e foi logo perguntando assim que conseguiram se acomodar no coletivo.

Flávia: O que aconteceu? Me conta tudo, por favor.

Mayara por sua vez estava se sentindo incomodada até porque ela estava com um misto de sentimentos que não conseguia controlar. Ela que sempre se conteve. E além disso ainda havia os sonhos com aquele homem desconhecido. E ainda se preocupava com o que poderia afetar na realização da prova, porque sua cabeça estava meio confusa.

Mayara: Não sei dizer. Eu estava servindo as pessoas e acho que entrei em uma sala errada naquela mansão cheia de muitos cômodos. A porta estava entre aberta ai entrei lá estavam dois homens conversando, fiquei sem saber se ia em frente e oferecia a bebida que estava servindo ou se retornava. Mas o homem mais velho chamou minha atenção, fiquei nervosa e me virei abruptamente. A bandeja caiu e quebrei todas as taças. 

Flávia: hahahahaha, típico de você. Não sei dizer se é seu tamanho ou o que, mas você sempre quebra alguma coisa. hahahahahahahahahahahaha. E aí?

Mayara: Aí que peguei a bandeja no chão rapidamente, levantei a cabeça e vi aquele homem olhando para mim com olhos fixos e sem dizer nada. Saí correndo da sala ou daquele olhar penetrante e não voltei nem para colher os cacos no chão.

Flávia: impressionante. Isso te afetou quanto?

Mayara: a ponto de ter sonhos estranhos com ele. Até para lá de eróticos. 

Flávia: hahahahahahaha, Então duas noites você sonhou com esse cara? Nossa! Estou passada! Nunca imaginei que um dia algum garoto te faria ficar assim. Acho que precisaremos passar no posto médico para atendimento, porque você pode estar doente.

Flávia ria alto da situação e sabia do juramento de Mayara. Não sabia o motivo, mas conhecia a intenção dela de ficar sozinha e apenas cuidar da sua carreira profissional e ponto. Mas ela sabia também que não temos controle do nosso coração e que sentimentos vem e vão. Mas ela não esperava que fosse tão rápido, porque Mayara ainda não havia nem completado 18 anos. Ela sempre falava para a amiga jure outras coisas.

No caso da Flávia o noivo dela era amor de infância. Coisa que começa de criança e eles não se desgrudam. Agora resolveram ficar juntos mesmo. Ela e Carlos é amor de infância. Como ela mesmo diz que foi escrito nas estrelas.

Seis horas e quarenta minutos. O ônibus para no ponto próximo da escola algumas pessoas descem do coletivo na frente delas e logo elas estão a caminho. Mayara segue ao lado de Flávia que agora não se sente a vontade para dar conselhos para a amiga, pois acredita que não seriam bons, porque a vontade dela é rir.

Mayara fica apática e segue ao lado da amiga com a sensação de que perdeu o controle de sua vida.

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