O carro parou lentamente diante de um majestoso solar, o motorista saiu primeiro para nos abrir as portas.
Brenda, calçando os seus sapatos pretos com saltos altos, levou-me até ao portão, mantendo-se ereta, uma postura que revelava a educação recebida desde a infância.
- Na verdade, o motivo de trazer a Srta. Gomes aqui hoje é que tenho um favor a pedir.
- Que tipo de favor?
- Você saberá assim que vir.
Diante dessas palavras, senti-me um pouco confusa, mas não questionei mais.
A curiosidade nunca foi algo que me dominou muito.
No entanto, ao seguir Brenda através do jardim e vislumbrar a cena dentro do oratório através de uma porta de vidro, fiquei momentaneamente atordoada.
Gilberto estava ajoelhado no chão, as cicatrizes nas suas costas eram chocantes, mas o seu rosto não mostrava dor ou raiva, apenas uma calma serena, tranquila como água parada.
Uma senhora de meia-idade, enfurecida, apertava os dentes antes de chicoteá-lo novamente, - Gilberto, não pense que não posso fazer nada