Harper Ward
Deitar-me ao lado de Chase parecia uma missão impossível, e, ao mesmo tempo, ridiculamente atraente. Ele já estava estendido sobre a cama, a respiração ritmada e profunda, o corpo preenchendo o espaço de um jeito que me fez hesitar por segundos que pareceram eternos. Não era medo, tampouco por saber que ele perderia o controle; era porque eu sabia, com uma certeza absurda, que não conseguiria resistir à tentação de estar tão perto.
Respirei fundo, cômica e hesitante, me aproximando devagar. Um pé de cada vez, quase como se o chão fosse lava e eu tivesse que medir cada passo para não me queimar. O colchão afundou sob meu peso, e meus olhos se fixaram nele. O peito subia e descia, os braços estendidos, o rosto relaxado. Por um instante, quase me convenci de que poderia simplesmente encostar e não fazer nada além de dormir.
Mas a curiosidade era traiçoeira. Uma mão, tremendo quase imperceptivelmente, deslizou até tocar a lateral do corpo dele. O toque foi mínimo, hesitante, ap