Capitulo 32

Certamente aquele foi um dos dias mais difíceis da minha vida. Me que dizer adeus a Rosa, a única mulher que havia me estendido a mão, foi como se arrancassem um pedaço do meu coração e o jogasse fora. Eu não tive nem tempo de me despedir. Olhava para ela, como se estivesse dormindo dentro do caixão, e chorei.

Rosa acreditou em mim até o último momento. Ela queria que eu vencesse na vida e me tornasse alguém. Diante do caixão dela, eu prometi que eu venceria e que onde ela estivesse, sentiria orgulho de mim. Eu faria valer o seu investimento e o seu amor seria recompensado.

Depois do enterro, em um velório vazio, eu fiquei imovel diante da lápide, com mechas úmidas de cabelo grudado em minhas têmporas e bochechas. Caía uma fina chuva, então eu olhei para o céu com os olhos marejados, sentindo dor com o fato de estar completamente só.

Não havia restado ninguém em quem eu pudesse contar. Comecei a caminhar para fora do cemitério, lembrando-me do fato de Gustavo ter pago todo o funeral,
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