Capítulo 4

Zarwin havia chegado na cidade de Westfalls há quatro meses. Primeiro havia passado no terreno e após averiguar as condições do local, havia ido para o quarto que alugar no hotel da cidade e começado a tentar fechar negócio para a compra do imóvel. Enviaria seu castelo ao depósito, para ser levado ao novo local em que seria reconstruída. A antiga mansão dos Blackwolfgan, que havia sido levantada por Patrius Blackwolfgan, pedra por pedra, há séculos atrás em terras nórdicas. E o sonho dele era levá-la para o local em que queria morar. Conseguiu carregar ela de navio e agora estava sendo construída novamente, onde ele havia dito para reconstruírem. Sua nova aquisição, as terras em Westfalls. 

Tinha firmado seus negócios e sua firma em um novo país, um país relativamente jovem, mas extremamente promissor nos negócios. Todos queriam construir e todos queriam decorar e mobiliar suas casas. Ele, formado em arquitetura e construção, com muitas construções em sua carreira, tinha garantido o sucesso e consequentemente obteve a empresa bem sedimentada. Havia contratado um CEO para seu conglomerado, e comprara essas terras há muito abandonadas, que viraram com o tempo uma floresta, que ele pretendia manter e proteger, principalmente por ser um espaço maravilhoso para passar suas noites como lobo. Teria lugar para correr e caçar. E também pensava em voltar a trabalhar com arquitetura e construção, ele mesmo, após longo tempo sendo presidente da empresa, contratando arquitetos, decoradores e construtores para trabalhar em todas as suas filiais pelo mundo todo. Estava há um ano procurando um local de que gostasse, que tivesse o melhor dos mundos, uma cidade ótima com faculdades, uma praia próxima e o terreno tinha que ser em meio à floresta. Então durante um evento de sua empresa, ele conheceu um construtor, Rainier Redclaw. Eles conversavam e ele disse que soube que ele procurava um terreno, explicou que sua família tinha deixado para ele este enorme terreno florestal em Westfalls, mostrou-lhe uma foto, uma única foto, e depois uma vista do G****e maps e Zarwin se interessou na hora. Pesquisou sobre o local, viu mais fotos e finalmente, pegou um avião para lá. Na primeira semana no local, fez várias excursões dentro da mata e foi quando a viu pela primeira vez. Ele estava em forma de lobo correndo pelo belíssimo bosque, era noite de lua cheia. A lua firmemente presa ao céu, trazendo sua fera para fora. Parou próximo à uma colina quando sentiu o cheiro dela, aproximou-se ouvindo um canto. Andou como o caçador que era e ficou observando. Ela dançava numa clareira, um vestido de tecido fino azulado, na verdade uma camisola. Linda. Os cabelos compridos ondulados, a boca tentadora. Ela dançava para a lua, cantando uma música, a ele desconhecida. Ela girava, com os braços abertos. A noite era quente e seu corpo brilhava com o suor, Zarwin, e sua companheira, a besta, abaixou e sentou assistindo fascinado aquela mulher lindíssima dançar. Ele e o lobo, desejaram ela, quiseram marcá-la imediatamente. Ela baixou as alças da camisola até os braços expondo os seios perfeitos, sorriu, como se desse um presente para alguém que ela desejava, deslizou o resto da camisola até os pés, ficou completamente nua e dançou, dançou, até cansar, deitando-se exausta no chão coberto de grama macia. As pernas estendidas e os braços abertos. Os olhos fechados. Sua fera levantou, pensando em ir até ela. Queria fazê-la sua. Eu relutei e lutei com ela com todos as minhas forças, até a fera rosnar para mim. Ela se assustou. Levantou e olhou em todos os lados, minha fera não gostou do olhar de medo dela. A varinha formou-se em sua mão direita. Era uma bruxa. A fera se excitou ainda mais, quando as pirou o ar e sentiu o poder que permeava o ar, mas concordou comigo sobre não submetê-la por medo. Não mais. A fera queria paz, tanto quanto eu, após dois séculos de caçada e morte em castas rivais. Sempre por território. Ele, tanto quanto eu, queria achar sua companheira, ter sua ninhada e viver livre tendo uma vida tranquila. Estávamos cansados de lutar. Queríamos amor. Então somente deixamos ela ir, andando escondido, cuidando dela, sem ela saber. Zarwin a viu depois, no dia seguinte na rua caminhando até o carro dela. E a seguiu durante todas as noites em que ela voltava para casa. Cuidando dela e a protegendo. Concluiu que o terreno era o que ele queria, se não pela perfeição do local, mas por ter descoberto ali naquela cidade, sua companheira. Enviou a proposta alta no dia seguinte, cem mil a mais do que o construtor havia lhe informado que pediria pelas terras, para garantir a compra. Ele fechou na hora. Zarwin mandou elaborar o contrato, ambos assinaram e ele já pediu a remoção de seu castelo das terras nórdicas e que fosse enviado para lá. Quando o castelo chegou, os alicerces, colunas túneis e porões já estavam prontos. Havia também pensado em adicionar cômodos mais confortáveis, aumentar as salas principais, e colocar ar condicionado, sistema de esgoto e luz, que não havia no seu castelo ancestral. Queria que a casa fosse auto sustentável, e ela seria. Havia se mudado para lá antes de colocarem o telhado de fato. Ele era parte integrante da equipe que estava fazendo o serviço braçal, já há um tempo, desde o ano passado. Estava cansado de escritórios fechados. De salas de reuniões e mesas em salas de reuniões, em arranha céus. Ele queria a natureza, o cheiro de pinho e terra, do musgo e o barulho das folhas sendo sacudidas pelo vento. Queria tirar as roupas e correr para o meio das árvores, subir colinas, uivar para a lua. Brincar na areia da praia, pular as ondas quentes do verão. O dia que ele se mudou para a casa de pedras, mesmo sem o telhado, se instalou no quarto da torre, o lugar mais alto do castelo. Sem telhado, ele colocou uma barraca lá dentro e um colchonete com um cobertor de pele. Sentiu a tarde toda o perfume dela, a brisa que vinha da praia, jogando na cara dele a essência de sua fêmea. Então a lua cheia veio, e sua fera foi completamente solta. Ela imediatamente foi à caça, da sua companheira. Pensava em fazê-la se submeter. A consciência do homem obscurecida pela vontade da fera de acasalar. Ele rodeou o terreno da, sentindo o cheiro . Subiu na casa da árvore e farejou a essência dela na cama. Nos livros, na rede lá fora. A ouviu correr pela grama e rir com as irmãs que estavam na sacada da casa grande. Pulou ao chão, pensando em persegui-la e tomá-la. Mas ela ria e corria como uma menina, as belas pernas de fora, o decote da camisola aberto, a sombra de seus seios pesados balançando durante os tropeços e os cabelos sendo jogados no rosto. Ela olhou para trás, a fera olhou na mesma direção e viu as velas acesas, as duas moças a vigiavam. Ela se afastou para as sombras e esperou atrás da árvore. Ela subiu e a fera viu um vislumbre de suas partes íntimas. Resolveu que iria vê-la mais de perto. Precisava disso. Eu, gritava para que ela não o fizesse.

Ela subiu, a casa gemeu, a árvore mexeu. Percebeu pelas portas da varanda dos fundos que ela se armou e esperou que ele entrasse pela entrada no chão. A fera deu a volta e entrou devagar, sem barulho. Ela parou, respirou e virou em posição de ataque. A visão mais bela que havia visto. A toda iluminada por partículas de poder brilhando em volta do corpo magnífico e molhado de suor. A fera pensou que a queria assim, suada, que ela escorresse o suor dela em cima dele, o enchesse do perfume dela. Ambos, homem e fera completamente desejosos. Para surpresa de Zarwin, a fera caminhou e apenas a tocou. A palavra, respeito ecoou, ele a reconheceu como sua igual. Ele a queria mas queria mais que ela o quisesse. Uma gota escorreu de seu pescoço e passou entre os magníficos seios. A fera não conseguiu conter a vontade de sentir o sabor dela, chegando mais perto, foi cheirando seu perfume descendo os olhos e a cabeça pelo corpo dela, até entre suas pernas, ela estava molhada, mas não estava pronta para amá-lo ainda. Subiu o caminho de volta e a lambeu, não onde mais queria, mas onde também queria. Marcá-la de alguma forma era seu pensamento. Queria que ela pensasse nele, que quisesse ele, que sentisse ele. Que soubesse do seu desejo. Deu uma última olhada e saiu por onde entrou. Pulou para as sombras. A viu sair logo depois e a protegeu. Após ela entrar ele voltou a cabana e deitou na cama dela, se refestelou com o sabor em sua língua e o cheiro dela nos lençóis. Adormeceu como fera e acordou como homem. 

Agora, Zarwin só queria que ela o visse como ele a via. Após dar a ela o presente que havia planejado e que ela memaa fez, talvez a fizesse entender o que ela representava para ele. E neste momento, em sua torre ele sonhava com ela, enquanto olhava para as estrelas. Seu perfume vindo cada vez mais forte. Ele levantou a cabeça, estranhando. Nunca o perfume dela fora tão forte. Levantou da sua cama que já havia chegado, e olhou pela janela. Deuses, ela estava nua na sacada, a casa da árvore mais perto do que antes. Lembrou que havia dito que iria se mudar mas não achou que ela ficaria na casa da árvore. Sabia que ela contratará os serviços de sua empreiteira para o projeto de sua casa mas não imaginava que ela não moraria nela. Mortimus Montepellian havia sido o arquiteto, mas pedirá licença npois seu filho havia nascido. Então, Zarwin tomaria o seu lugar em breve nos próximos projetos dela. Se ela quisesse. 

Ele havia sido informado apenas hoje. Haviam procurado outros mas estavam todos muito ocupados e não podiam voar até lá para isso. Então Zarwin resolveu que teria que ser ele mesmo. Amanhã se encontraria com ela na casa dela, as dezoito horas. Viu o movimento dela voltando para dentro. Ela deitou na cama e o perfume se intensificou. O perfume de sua essência. Ele farejou e rosnou, ela...estava...sim, ela estava! Deuses! Era pura tortura. Precisava que ela quisesse ele logo. Urgentemente. Não iria aguentar muito mais disto. Teve que satisfazer a si mesmo, pensando no que ela estava fazendo naquele momento. Em como seus lábios estariam abertos, assim como suas pernas. Se ela estaria sentindo seu cheiro e pensando nele, como ele estava pensando nela. Ele introduzirá seu dedo com cidade na boca dela, buscando a umidade de sua língua sedosa. E depois de ter os dedos umedecidos ele os sugaria, ela seria beijada, mas não sem antes desejar isto e falar que desejava. Ele a tocaria sutilmente, mas apenas para que ela pedisse mais, em outros locais de outros jeitos, com os lábios talvez. Ele queria provar seu corpo todo. A pequena amostra de seu sabor ainda era vivida em sua língua mas ele queria mais. Queria todos os sabores dela, da boca, da vulva, dos seios, do suor escorrendo, de seus sucos, de seu tesão. Queria o sabor dos dois misturados. O cheiro dela nele, marcando seu corpo como dela. Não fazia ideia de como seria para ele  tê-la aberta e disposta, se já só de imaginá-la sentia tanto prazer. Dormiu quando percebeu que ela também se aquietou.

Bella acordou na cama ainda nua. O cheiro já invadindo suas narinas. Após o orgasmo pensando nele, sentindo o cheiro dele mais forte até. Imaginando que ele estava a observando de alguma forma pela janela do balcão que ela tinha deixado aberto, a deixara ainda mais desejosa.

Olhou no relógio. Cinco e quarenta e quatro!

Havia marcado com o arquiteto novo as  seis da tarde! Não iria conseguir se lavar. Apenas correu pentear os cabelos, lavar e aplicar algo na cara amassada, escovou os dentes e colocou um vestido que era mais rápido. A campainha tocou. A calcinha!

- Ahhh, ele não vai ver mesmo que estou sem!

Desceu rapidinho e  pulou no chão, correu pela grama do jardim, abriu a porta dos fundos e entrou. Abriu a porta da frente descalça mesmo e deu de cara com o lobo.

-  Oh, olá. - Ela disse olhando surpresa para ele.

- Olá, sou seu novo arquiteto. O que você contratou para concluir o projeto do anterior. O que tirou licença. - Ele foi esclarecendo, pois ela continua olhando para ele sem entender. - Bom, posso entrar? Ou quer remarcar com outro? Como sabe não temos mais nenhum disponível por.. - ele olhou seu celular -...pelo menos seis meses. Por isto estou aqui. 

- Ah, não tem problema, pode entrar. - Ela se afastou dando passagem para ele. Ele reparou logo que ela abriu a porta que ela usava o colar que ele dera a ela na noite anterior. Ficou satisfeito por isto - não repare na falta de móveis. Ainda não tive tempo de comprar nada a não ser a mesa do jardim e obviamente os móveis da cozinha que foi o arquiteto anterior que instalou. Vamos até o jardim por favor. Ele caminhou atrás dela, sentindo o cheiro de seu sexo. Prendeu a respiração, não sabia como conseguiria ser profissional assim. 

Belle caminhou até o jardim, não sabia como iria conseguir falar com ele sem pensar no que havia feito à noite anterior pensando nele, sentindo o cheiro dele. Será que ele sabia que não tinha trocado os lençóis só para sentir mais forte o cheiro dele? 

- Por favor, sente-se. - disse ela. 

- Obrigado. 

- Você toma o quê? Água, café, chá capuccino, um suco ou refrigerante? 

- Um café, se não for dar trabalho. 

- Trabalho nenhum. - Ela foi até o balcão e abriu um armário com cápsulas de café. - Tem preferência? 

- Um al late, com quatro colheres de açúcar por favor. - Ela arqueou a sobrancelha e acenou afirmativamente.  Colocou na máquina e fez duas canecas iguais. 

- Mesmo sabor? - ele disse surpreso. 

- Sim. - disse ela simplesmente sentando na cadeira do lado e cruzando as pernas. - Bom, vamos ao que interessa. 

- Sim, aqui está o projeto que você pediu. Acho que Mortimus fez um excelente trabalho aqui. A casa ficou bem do jeito que ele é você queriam? 

- Sim e mais. Estou muito satisfeita, uma pena ele ter tirado licença. 

- Foi licença paternidade. Ele acabou de ter gêmeos. Olhe. - disse tirando o celular e mostrando a foto dos bebês com o pai babão. 

- Que lindos! - O olhar dela se iluminou com os sorriso. Será que ela gostaria de ter filhos um dia, ele pensou. - licença paternidade? Nunca ouvi falar. 

- Sim eu implementei nas empresas e todas suas filiais desde o ano passado. São licenças de seis meses para que o pai aproveite tanto e que ajude a esposa a cuidar dos bebês. No caso de Mortimus, ele terá um ano, por serem gêmeos. Ë muito mais cansativo cuidar da mãe e de dois bebês. E é remunerado. Espero que ele aproveite. Ele é um amigo querido. Ele e a esposa Satine estão muito felizes. 

- Que maravilhoso! Seria bom se todos os empresários pensassem assim. Dê meus parabéns a eles por favor. 

- Claro, vamos aos negócios então. Estendeu novamente o projeto para que ela desse uma olhada. Foi explicando que os esquemas de cores seriam feitos para combinar com o ambiente do lago. O deque se estenderia em uma boa parte do lado de fora, do jardim até uma parte em cima da água e que seria tudo  feito de modo a não destruir a barragem natural do lago, a grama e as plantas naturais também seriam mantidas e ele adicionaria pedras iguais às  que já existiam na parte que corria do rio a abaixo na terra dele. 

- Na sua terra? 

- A terra da floresta, eu a comprei há alguns meses atrás. Não bsei se percebeu, um pequeno castelo na estrada, no meio da floresta. É minha casa. 

- Oh! Lindo castelo. Parece muito antigo, pensei que já estava ali há séculos. Nós nunca fomos tão longe e dentro da mata, então, não sabia... Você o construiu com aquele ar de antigo? 

- Não, apenas o transportei das terras nórdicas, estava há um ano procurando um terreno deste, você já imagina o porquê escolhi este, pela maravilhosa floresta, pela praia privativa e pela cidade que é bem desenvolvida, apesar de ter um ar de cidade pequena. Então, abri a filial aqui também, enquanto me mudava. 

- Ah! Que adorável. Uma praia privativa? Nunca a vi. 

- Sim, só pode ser vista se você se aprofundar pela mata adentro. A descobri no primeiro dia. 

- Que ótimo. Gostaria de conhecer u dia. 

- Quando quiser. 

- Obrigada. Então, eu aprovo eu projeto. Está incrível. Eu realmente gostei muito. - Ela disse lhe dando os papéis de volta. 

- O contrato está aqui, se puder já assinar. 

- Claro. El pegou e surgiu em sua mão uma caneta elegante. Ele olhou estasiado. Ela assinou e entregou a ele. Ele colocou tudo de volta na pasta e se levantou. Ela o acompanhou até a sala, abriu a porta. 

- Então, até amanhã? Quando começa? 

- Sim, começarei amanhã. Te vejo as oito da manhã ou você prefere me dar um chave e eu mesmo me viro com as coisas? 

- Eu abrirei para você amanhã, não se preocupe. Depois se eu não vpider, deixo a chave para você ali debaixo daquela pedra. 

- Tudo bem, então até amanhã. Se quiser dar uma olhada, tenho muitas opções de móveis para a casa também. 

Eu usei esse ano para criar os móveis de minha casa e ficaram tão bons que me aconselharam a vendê-los. Estão na loja ao lado da construtora. 

- Que interessante, irei visitar a loja. Obrigada pela informação. 

- E se quiser conhecer a praia privativa qualquer dia, só apareça na minha casa. Aliás, o colar ficou muito bem em você. Como eu pensei que ficaria. - disse ele com a voz mais suave, como se tivesse sentindo prazer de ver o colar contrastando na pele dela. 

- Oh. O colar! Sim, ele é mesmo lindo. Obrigada. E eu vou pensar a respeito da praia. Boa noite Zarwin. 

- Boa noite Belle. 

Ela fechou a porta mas os dois não se moveram. Ficaram cada um parado do lado de dentro e do lado de fora. Querendo ficar mais tempo juntos. A conversa entre eles havia sido fácil e tranquila, ela se sentia bem em estar com ele ali. Aquela presença esmagadora, aqueles traços viris e o corpo alto e forte. Exalando poder e sexualidade extrema. Belle umedeceu os lábios, aquela boca tomando café, ai meu deus! Os lábios cheios ancorados na porcelana. Imaginou os lábios dele em seus seios, em seu corpo. Estremeceu e se umedeceu. Ele estava ali ainda, ela podia sentir. Sentiu o cheiro dele mais forte. Como era isso? Sentia o cheiro forte mas normal e de repente sentia muito forte, inebriante. A entontecia, dando vontade de pular em cima dele e fazer amor. Seria como um chamado de sereia? Ou o perfume das ninfas que convidavam ao sexo? Precisava pesquisar mais sobre. Lembrou do livro sobre sexo com um lobo e suas posições. Passou apenas rapidamente as páginas, mas aquele era um livro pocket e resolveu pesquisar mais na Internet. Percebeu que ele caminhou devagar para a estradinha. 

Correu pela casa  e se apossou da caneca dele. Puxou o ar sentindo o cheiro do café misturado ao perfume dele. Hummm. Pousou o labio onde ele havia colocado os dele. Tocou com a língua e sentiu seu gosto como se tivesse lambido a própria boca dele. Deuses. Estava com problemas. Muitos, muitos problemas. Precisava se manter longe por enquanto, não sabia o que iria aprontar. A era propensa a se divertir e a enfrentar a mãe para ter aventuras. Mas agora que estava só por ela mesma, precisava ter um pouco mais de juízo. Não queria perder sua liberdade. Pelo menos não tão já. Queria ter sexo com outros homens, não somente com ele e sabendo que era sua companheira ela sabia que se deixasse ele a marcaria na primeira oportunidade, era dele. Lobos faziam isto. Se bem que este estava bem menos machista e respeitoso. Ela suspirou. Se ele não mordesse ela, se garantisse que só a morderia se ela permitisse... 

Não, não, não, não, pára de ser louca Belle! Lobisomens não controlavam suas feras. Eles apenas tomavam. Teria que se manter atenta a isso, ele morava a apenas alguns metros de sua casa. Havia mencionado que sentiu seu cheiro. Se ele sentia seu cheiro daquela distância, como seria para ele, sentir o cheiro dela assim perto, como estiveram?  Ela não tomou banho antes de encontrar com ele hoje, será que ele havia sentido o cheiro do seu orgasmo? Ahhh não, não, não. Será? Ela correu pra casa da árvore, subiu e sentou na sua cadeira de trabalho. Puxou e abriu o notebook e pesquisou. 

- Lobisomens sentem cheiro de orgasmo ou de excitação? Enter. 

Apareceu várias matelas e pesquisar sobre como segurar um lobão. Não era bem isso. Mas resolveu ler. Leu todas as matérias machistas falando em como uma fêmea devia fazer para agradar o macho alfa revirando os olhos. Ah que porre! Estavam no ano de mil e seissentos ainda? Era uma vergonha ainda publicarem matérias idiotas como aquelas. Pesquisou por P*F e achou documentos bons, científico a respeito das reações causadas no lobo e sua parceira. E acabara de descobrir que sim, ele além de sentir sua excitação ainda sentia o cheiro de seu orgasmo há quilômetros. E que isso deixava o lobo muito apto para tomá-la e marcá-la imediatamente. Alguns até perseguiam sua fêmeas pela floresta e a tomava em forma de lobo. A se arrepiou. Então, como ele estaria se controlando? Deuses. Percebeu agora como ele se remexia na cadeira, não teve coragem de olhar. E a pasta na frente da cintura... Estaria ele escondendo uma ereção? Oh deuses.

A verdade era que desejava ele. A cada suspiro que dava. Só não sabia como iria controlar isto, já que sempre se jogou em aventuras... Seu sangue fervia por esta aventura. 

Zarwin saiu de lá escondendo sua ereção, que não ia embora por mais que se concentrasse no projeto e explicasse os termos técnicos, sairá de lá uma hora e meia depois com uma ereção absurda e um desejo furioso. Parará do lado de fora, sentindo ainda o cheiro do orgasmo dela da noite anterior. Seu pré semen saindo sem ele nem ao menos se tocar, ele sabia que seu cheiro se intensificou por isso. Esperava que ela não tivesse sentindo. Seria muito duro trabalhar vó  ela ali, logo ao seu alcance. Apertou os dentes e se forçou a caminhar pela estradinha. Ouviu as batidas dos pés dela correndo e logo visualizou ela parada no jardim. Andou mais devagar e quando a viu subir na casa da árvore apressou o passo. Não vqueria que o visse bisbilhotando. 

Desceu a estradinha até a entrada de sua casa e entrou. Haviam colocado seu último telhado já. Eles cobroarma as coisas que havia na casa e que ficavam de baixo do telhado com plásticos para proteger. Agradeceu os rapazes que fizeram a instalação e entrou para inspecionar. Tudo conforme havia imaginado. O telhado de cor cinza escuro com alguns de cor terra rosa no meio davam um toque sensacional. Muitas das telhas eram de luz solar que iria suprir as demandas da casa com dois geradores solares nos subsolos. Tinha água potável colhida das chuvas e uma pequena horta com árvores frutíferas na clareira atrás da casa. Tudo organicamente inserido a natureza. O lago que havia no terreno de Belle, era uma nascente que escorria por um rio pelas suas terras e desaguava no mar, na praia privativa que havia falado antes para ela. Deveras maravilhoso. Levaria ela ali um dia e esperava que fosse logo. Estava ansioso por poder namorá-la. Teria sua permissão. Esperava.

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