Salvador, 15h12.
O sol queimava a entrada da sede regional da HEM.
Melina estava ali para acalmar uma crise interna: denĂșncias falsas de corrupção, armadas pela imprensa comprada de Miguel.
Acompanhada por trĂȘs seguranças e uma escolta local, ela atravessou o pĂĄtio externo.
A multidĂŁo era pequena â mas havia olhos demais.
Olhos que nĂŁo sorriam.
Um garoto de boné, parado na esquina, falava ao celular.
A Mamba percebeu.
â Melina, vamos acelerar.
â Relaxe â respondeu Melina, sem reduzir o passo.
Foi quando o som estourou.
Primeiro, o silvo. Depois, o impacto.
Uma explosão atingiu o muro lateral, projetando destroços e poeira pelo ar.
O chĂŁo tremeu.
Gritos ecoaram.
Um dos seguranças caiu imediatamente, o peito aberto.
A Mamba empurrou Melina para trĂĄs de um carro estacionado.
â Carro agora! â gritou.
Mas dois homens armados surgiram na saĂda lateral, atirando.
Não era um ataque aleatório: era execução.
---
No carro blindado, segundos depois.
â Como eles sabiam que vo