Nicolas, ao se lembrar de ter sido agredido e de como sua mãe quase fora atacada ao tentar o proteger, não podia conter a própria fúria. Ele removeu seriamente o lixo que cobria a cabeça do menino e disse com severidade:
- Peça desculpas a mim, peça desculpas à minha mãe!
Michel deu um sorriso.
Nicolas sempre foi calado e discreto, inábil em se expressar, mimado apenas diante de Raquel e nunca se mostrava assim diante dos outros. Contudo, agora ele estava exigindo um pedido de desculpas com tal autoridade. De fato, ele era uma criança corajosa.
O menino, chorando, se recusava a pedir desculpas. O pai, agarrando o próprio filho, desferiu um tapa em seu rosto. O garoto começou a chorar alto.
- Você vai pedir desculpas a eles agora! - Ordenou o homem em alto e bom som.
O pequeno ficou assustado. Ele sempre foi o tirano da casa e jamais foi agredido por seu pai daquela forma. Agora, só o restava pedir desculpas obedientemente:
- Desculpe.
Sua voz era baixa.
- Mais alto! - Nicolas exigiu, c