Charlie MacAleese
Faz mais de duas horas que estamos caminhando e eu não sei quanto tempo levaremos até chegar à fronteira. Sem o mapa, fica difícil de se situar, tudo o que tenho são os meus instintos.
— Charlie... — paro e percebo que Donna tinha ficado, alguns passos, para trás. Volto, indo até ela. — Podemos parar um pouco? Estou muito cansada.
O certo seria continuar e é isso que faremos, não posso correr o risco de sermos visto agora, estamos num lugar que nos deixa vulnerável.
— Vamos continuar — afirmo.
— Charlie... — ela começa a protestar, mas eu a pego nos braços e recomeço a andar. — Não precisa fazer isso, você também precisa descansar um pouco.
— Não temos tempo para isso, agora todo minuto conta contra nós ou a nosso favor — eu continuava andando.
O sol havia secado nossas roupas em nossos corpos e a terra havia absorvido toda água da chuva, restando uma relva verde e vibrante sob