Pela Favela Pela, Nossa Gente.
A guerra tinha deixado marcas. Algumas visíveis, como buracos de bala nos muros e paredes remendadas às pressas. Outras, invisíveis, cravadas na alma de quem viu a morte bater na porta e decidiu continuar vivendo mesmo assim.
Na sala da laje do Rael, ele, Sheik e PV estavam sentados, olhando mapas e anotações sobre a Rocinha. Mas não era mais guerra o assunto.
— A gente venceu a invasão, mas não pode achar que isso é o suficiente. O morro precisa de mais. De estrutura, de respeito, de presença. — disse Rael, com o semblante firme.
Sheik assentiu, passando a mão no cabelo ainda sujo de tinta da última missão.
— Favela sobreviveu, mas agora tem que evoluir. Tô contigo nessa, irmão.
PV trouxe uns papéis. Esboços de projetos: escola de reforço, quadra reformada, um posto de atendimento médico improvisado no antigo galpão do beco 13.
— Alexia e Luna tão pilhadas pra meter a mão nisso. Querem criar uma rede de mulheres que cuidem das mães do morro. Amamentação, orientação, proteção mesmo. C