A tropa vai para guerra novamente.
Rael (RL)
Cheguei no ponto marcado — uma laje alta com visão ampla da parte baixa da Rocinha. O sol ainda nem esquentou direito, mas os irmãos já tavam no corre.
DV encostado na parede, braço cruzado, de olho no rádio. MT ajeitando os carregadores. PV com a mesma cara fechada de sempre. E o Sheik? Fumando um cigarro, calado, o olhar dele dizia tudo: ele quer a cabeça do Treloso, custe o que custar.
— Bom dia pra quem não dorme direito desde que esse filha da puta invadiu nosso território, — falei, quebrando o silêncio.
Todo mundo virou na minha direção. Eu fui pro centro da roda e joguei o mapa na mesa improvisada.
— O plano é simples. A gente fecha as saídas da Serpente. Corta os acessos. Deixa eles sem comida, sem comunicação, sem reforço. Se o Treloso tiver lá, ele vai ter que sair. Se não tiver, a gente toma de vez e finca nossa bandeira no alto do morro.
DV assentiu.
— Já fiz o reconhecimento. Tem dois pontos fracos na segurança deles. Um na beirada do campinho e outro por trás d