Uma vez ou outra ele dizia algo, mas nunca era respondido. Barbara nem sequer o olhava. Quando chegaram, ele a ajudou a sair. Pegou as coisas dela e a acompanhou até o saguão do prédio.
— Pode me dar as minhas coisas. — Ela tentou pegar das mãos dele, mas ele não deixou.
— Vou subir com você.
— Não! Eu consigo subir.
— Eu vou subir com você, Barbara. O seu pai disse para eu te acomodar. É o que eu vou fazer.
Caminhou até o elevador e o chamou. Imediatamente as portas se abriram, então ele entrou, segurando-o para ela, que caminhou devagar até lá. Subiram e mesmo sem ser convidado, Edgar entrou no apartamento.
— Agora você já pode ir. Se manda daqui.
— Você precisa de algo? Quer que eu vá à farmácia?
— Eu quero que você vá embora, Edgar.
Ele guardou as mãos nos bolsos da calça e se aproximou dela.
— Se precisar de qualquer coisa, você pode me ligar. Fico preocupado com você. — Virou-se em direção à porta.
— Por que está preocupado?
Ele parou e a olhou novamente.
— Porque me importo co