Mais tarde, após voltarem de um jantar na cidade onde o seu pai bebeu mais do que devia, Barbara se preparava para dormir quando escutou um grito vindo do andar debaixo. Ela se assustou e abriu a porta correndo em direção à escada.
— Pare com isso! — escutou a sua mãe dizer.
— Cale a maldita boca! — gritou o seu pai.
Barbara desceu às pressas, mas antes que pudesse alcançar a mãe que estava perigosamente perto demais do Carlos, ele desferiu um soco contra o rosto de Ângela, que caiu no chão.
— O que está fazendo? — ela gritou para o pai, abaixando-se ao lado da mãe. — Você a machucou! — disse ao ver a maçã do rosto dela inchada.
— Se acalme, Carlos! — pediu Cássio, entrando no caminho entre Ângela e ele.
— Ela acha que pode se meter nos meus negócios, mas não pode! — gritou.
Barbara olhou com olhos cheios de lágrimas para o pai. Desde que tinha dez anos, nunca mais o viu agredir a sua mãe, embora soubesse que ainda fazia. Carlos viu a feição da filha. Uma mistura de reprovação e trist