Christian se aproximou lentamente, os olhos fixos nos meus, enquanto eu recuava sem nem perceber, sentindo meu coração acelerar.

A voz dele, baixa e séria, cortou o silêncio tenso da sala.

— Ariel — começou, firme, mas com um toque de preocupação contida. — Você ouviu algo estranho hoje? Alguém agindo de forma suspeita?

Balancei a cabeça, tentando parecer calma, mesmo com a mente um caos.

As conversas que ouvi de Marissa no telefone voltaram à minha cabeça, mas decidi guardar pra mim. Não queria acusar ninguém sem ter certeza.

— Não, senhor Mitchell — respondi, forçando a voz a sair estável. — Não ouvi nada incomum.

O olhar dele parecia atravessar minha alma, procurando por algo que eu não queria revelar. Segurei firme o olhar, escondendo minhas próprias dúvidas atrás de uma expressão neutra.

A tensão entre nós era quase palpável, até que uma batida na porta quebrou o momento.

Marissa entrou com alguns papéis nas mãos.

Christian rapidamente guardou o gravador no bolso, e eu me esfo