52. CORAL EM CASA
Coral ficou a observar fixamente Maximiliano. Os olhos dele brilhavam felizes, cheios de esperança. E percebeu que, apesar do que todos diziam, ele amava a sua prima Fiorella; podia ver o seu amor no fundo dos seus olhos tricolores. Por isso, decidiu contar-lhe a verdade e ver se realmente a podia esquecer.
— Sim, ela amou-te, como te disse, Maxi — assegurou com firmeza. — Mas agora ama loucamente o marido. O amor deles também é estranho.
— O que queres dizer? — perguntou Maximiliano, atento.
— Ela apaixonou-se por ele na universidade; via-o de longe, de costas. Tornou-se no seu amor platónico, depois de que tu lhe gritaste aquilo no casamento. Acho que precisava de encher o vazio que deixaste — continuou Coral com sinceridade.
— Que estúpido fui! — exclamou Maximiliano.
— Sim, foste, Gatinho. Mas ao que ia, depois de começar a apaixonar-se por Salvatore Rossi, decidiu dar-se uma oportunidade com ele e esquecer o seu amor platónico da universidade. Foi então que ambos descobriram que