Cristal ficou a olhar para o pai com raiva contida. Queria dizer tantas coisas, mas decidiu calar-se, recordando que precisava mantê-lo calmo para enfrentar o que estava por vir com o seu misterioso marido. Com um suspiro, virou-se para a mãe.
—Mamã... é melhor que sejas tu a contar-lhe —disse, vendo a incredulidade nos rostos de ambos—. Tenho muitas coisas para fazer. Para começar, papá, preciso de dinheiro para comprar roupa. Não tenho nada; deixei tudo na América. —Sim, filha, sim —respondeu o pai apressadamente, tirando a carteira—. Toma este cartão, tem crédito ilimitado. Compra o que quiseres. Mas não vás sozinha, leva o teu irmão contigo. —Prefiro ir sozinha. Afinal de contas, vocês não têm filha, porque morreu quando tinha dez anos. Não estou em perigo nenhum. Esqueceram-se disso? &md