A luz do sol atravessava as cortinas finas da janela, anunciando um novo dia. Levantei antes de todos, como sempre fazia, para preparar o café da manhã da Carlinha. Na cozinha, o cheiro de café recém-passado e pão na chapa tomava conta do ambiente. Coloquei um copo de leite morno na mesa, acompanhando com algumas frutas cortadas e o pão quentinho que ela adorava.
Enquanto ajeitava os detalhes, senti braços fortes me envolvendo por trás.
— Bom dia, minha mulher. — A voz rouca do Matheus soou próxima ao meu ouvido, provocando arrepios.
Sorri, mas não me virei.
— Bom dia. Não vai me atrapalhar, tenho coisa pra fazer.
— Atrapalhar? Eu? Nunca. — Ele me virou com facilidade, me puxando para mais perto, seus olhos brilhando com aquela malícia que eu conhecia tão bem.
— Matheus, a Carlinha pode entrar a qualquer momento... — tentei protestar, mas ele ignorou, colando nossos lábios em um beijo cheio de urgência.
Antes que a situação pudesse esquentar ainda mais, a porta da cozinha foi escancar