Edgar me guiou pelos corredores me levando até a última sala, a sala de esculturas. Quando chegamos havia muitas formas em gesso, comecei a olhar enquanto as crianças pareciam concentradas.
Um homem veio em minha direção e disse algo que não entendi.
— Desculpa, não falo a sua língua — Sorri sem graça, sabia que ele também não ia entender e olhei para Edgar — Edgar me ajude.
Edgar parecia caminhar para longe, ele se virou para mim.
— Posso ajudar? — Perguntou o homem à minha frente, ele era alto e robusto, tinha dreads na cabeça e um cavanhaque charmoso.
O olhei surpresa.
— Você fala a minha língua.
— Sim, falo espanhol e portuques também.
— Ele é poliglota — Disse Edgar se aproximando de nós — Me desculpem, acabei esquecendo de os apresentar, Bomani essa é Rosalina, Rosalina esse é Bomani.
Ele ergueu a mão que apertei com um sorriso.
— É um prazer Rosalina.
— O prazer é meu, é muito bom alguém aqui fora Edgar me entender.
Ele sorriu de volta.
—