CAPÍTULO 39: “O Jogo da Tensão”
(Sofia Narrando)
Eu estava no quarto, no silêncio do escuro, esperando.
A noite já se estendia há algumas horas e, como sempre, o que parecia ser um refúgio calmo se tornava uma tortura para os meus sentidos.
As sombras na parede dançavam suavemente à medida que a brisa leve entrava pela janela entreaberta.
A tensão estava no ar, não apenas pela falta de luz, mas pela expectativa que ele me causava. Algo em mim sabia que a noite traria alguma mudança.
Ouvi a porta se abrir, o som dos seus passos conhecidos.
O cheiro dele, forte e inconfundível, invadiu o espaço.
Mas havia algo mais, algo que não conseguia identificar de imediato, mas que, quando ele entrou, fez meu estômago se revirar.
Ele estava diferente.
O que era aquele perfume? Eu o conhecia. Mas não era meu.
Ele estava imóvel, parado à porta, como se esperasse que eu dissesse algo.
A tensão entre nós era palpável, e ainda assim eu permaneci em silêncio, sentindo a confusão se formar dentr