Eu não sabia qual versão de Ricardo eu iria enfrentar, então entrei preparada para todas elas. Parei em frente a porta do escritório e bati.
— Entre.
— Com licença — entrei e tranquei a porta.
— Sente-se. Parece que está muito bem, mesmo depois de ter pssado a noite em claro.
— Eu não estava bêbada, se é o que quer saber. Pelo menos não muito.
— Eu também não estava. Então estamos kits.
— Você vai me olhar enquanto conversamos ou posso apenas te mandar mensagem? Não tem sentido me chamar até aqui se não tem interesse em falar cara a cara comigo.
— Acho que prefiro você quando estamos bebendo — ele se levantou e serviu dois copos de whisky.
— Idem, mas eu não bebo no domigo. Amanhã tenho aula. Tenho ciência de que posso ser expulsa, embora tenha uma das melhores notas da escola.
— Que bom que não precisamos discutir esse ponto.
— O que você quer, Ricardo? Fala sério! Você me chama aqui para me tratar com essa frieza toda, não seria mais fácil me deixar partir sem falar nada?
— Prefir