A aproximadamente 80 anos atrás Genaro,o herdeiro e primogênito dos Di Pontti, estava profundamente enamorado por Conchetta Tomasinni, filha de um alfaiate que por muitas vezes serviu a sua família.

A paixão entre os dois demonstrou=se profunda, os encontros em várias oportunidades, levaram a noites intermináveis de amor. Um não vivia mais sem o outro, apaixonado, Genaro pediu a mão de Conchetta em casamento, o que foi prontamente aceito pelo pai da mesma, que como homem ambicioso que era, acreditava sua própria ascensão com aquela união.

Mas ao contrário dos Tomasinni, a família Di Pontti foi totalmente contra, pois seria inadmissível que seu herdeiro e primogênito casasse com alguém tão simplória e sem o nível adequado a um Di Pontti. Seu pai Manfredo foi claro e direto, e ameaçou Genaro de deserção dos direitos sucessórios od s Di Pontti, bem como seu afastamento imediato dos negócios e do convívio familiar.

Apesar de seu amor, o compromisso de Genaro com seu legado foi mais forte, pois a muito tempo se dedicava aos negócios Di Pontti, e de forma alguma poderia abrir do que legitimamente lhe cabia. Em sua covardia, mandou que advogados procurassem os Tomasinni, com a proposta de uma compensação financeira.

Desesperada pela traição de seu amor, e humilhada perante sua comunidade, Conchetta tirou a própria vida, Antes, deixou uma carta ao seu pai pedindo-lhe perdão de seu ato, mas a vergonha seria muito maior devido a estado de gravidez em que se encontrava

Assim foi sacramentado o ódio dos Tomasinni pelos Di Pontti. Com o dinheiro da compensação, o pai de Conchetta, Antonino fundou a Casa Tomasinni, o que hoje é uma referência em moda masculina. De toda a forma possível Antonino por si, ou através de seus descendetes procurou uma forma de atormentar os Di Pontti. Um Tomasinni jamais descansaria em sua vingança.

Perder Conchetta e atender as determinações da família, transformaram Genaro em um homem frio e amargurado, casou sem ter amado a esposa, teve filhos sem amar aos filhos. Em um os seus muitos esbarrões com o pai de Concheta, descobriu que a vergonha de sua amada foi somada com sua desafortunada gravidez, Desde esse dia Genaro caiu mais fundo em sua revolta e amargura,

Mas daí em sua morte, veio a grande surpresa. Em seu testamento, estabeleceu duas condições, a primeira que nas gerações dos próximos 70 anos, será obrigatório o casamento de um Di Pontti com um Tomasinni, e ao final desse prazo 40% das ações da Di Pontti seriam transferidos ao casal que estivesse casado. O período mínimo de validade de um casamento deveria ser na ocorrência da primeira gravidez ou pelo prazo de 15 meses.

Enquanto não houvesse o cumprimento do testamento, as ações ficariam acauteladas ao Conselho de Administração da Di Pontti e somente o Conselho deteria o poder de voto relacionado a essas ações de forma igualitária a todos os acionistas.

Os demais 40% das ações pertencentes a Genaro, se manteriam no legado de seus filhos o que garantiria aos mesmos a Presidência do Conselho de Administração e comando da empresa até a definição do testamento.

E assim foi durante os últimos anos, com exceção da minha geração.

Veja que o último casamento aconteceu entre meu tio Félix (irmão de meu pai), e Vanessa Tomasinni com quem teve dois filhos Antonino e Cairo.

Da parte de meu pai Filipo, casado com Alessandra Rossi, tiveram somente a mim.

Assim, tornou-se impossível o casamento na minha geração, estabelecendo como herdeiros efetivos o casal Vanessa e Félix.

E se nos próximos 3 meses não tivéssemos uma solução, ao final desse tempo o testamento restaria cumprido. E não da forma que eu desejava.