— Elisa, eu posso entrar? — Ela perguntou do outro lado da porta.
— Pode! — Respondi choramingando, voltando a vomitar em seguida. Nanda ficou me olhando da porta sem saber o que fazer, nem eu sabia o que fazer da minha vida.
Eu queria a minha mãe, ela saberia o que fazer. Ela deve ter passado o mesmo, ou até pior, eu ao menos tenho a Nanda e logo terei a Kátia também, mas ela não tinha ninguém.
Quando sentir que não vomitaria mais, estendi meu braço para Nanda me ajudar a levantar.
— Eu não sei o que fazer. — Nanda confidenciou apoiando meu braço direito em seu ombro e saindo comigo do banheiro. Eu tropeçava nos meus próprios pés. — Eu não acompanhei a gravidez da Mili e nenhuma colega que trabalhei tiveram filhos, pelo menos não antes de morrerem no acidente.
— Sei disso, minha amiga, não se preocupe, a médica disse que passará. — Nem eu mesmo parecia acreditar nisso, as minhas palavras saíram como uma mentira ensaiada.
— Só espero que seja logo! — Ela respondeu confiante.
Ch