Eu segurei a blusa o mais alto que conseguia. Encarei os olhos atentos do senhor Hardin descendo até a minha barriga inchada. Ele parecia calmo e sereno. Seu rosto era completamente desprovido de emoções, como sempre.
Minhas mãos repousaram na altura do sutiã, e eu estava ali, mostrando o meu bebê. – Por isso! – Revelei.
– O que? – O senhor Hardin praticamente praguejou as palavras.
– Ela descobriu quando eu caí com todo aquele café. Desde aquele momento tenho sido coagida por ela. Mas eu estou cansada. Eu não quero mais fazer isso, e eu não quero trair ninguém.
– Desde quando? – Ele me encarou.
– Eu não sei. Acho que deve ter duas semanas.
– A chantagem não. O bebê! – O senhor Hardin ainda mantinha os olhos perplexos na minha barriga protuberante.
– Ah. Ele tem quase sete meses agora. – Olhei para a minha barriga, e estava orgulhosa.
O senhor Hardin desviou o olhar lentamente. Parecia não querer encarar o bebê preso ali dentro. Em um movimento brusco, ele se levantou e andou