Olhei fixamente para ela, tentando manter a postura, mas não durou por mais de um segundo. Desviei o olhar novamente. Eu sentia mágoa, eu sentia raiva. Eu sentia vontade de arrancar o bebê dela.
– Então explique-se. É a sua oportunidade, senhorita Clarke.
Ela me encarou. – Para que? – Deu de ombros, e então limpou as lágrimas que inundavam seu rosto. – O senhor já tem suas conclusões sobre o que aconteceu comigo. Não importa provar quem eu sou ou o que eu fiz!
Os pés dela giraram e eu a vi abrindo a porta da minha sala, com as mãos delicadas. O aroma de lavanda se afastando de mim. Ela era feia, mas o cheiro dela era reconfortante e familiar. – Espera! – Segui em direção a ela.
– Senhor? – Os olhos da senhorita Clarke pareciam esperançosos. Ela me encarou, e estavam maiores que o normal. Lindos e grandes olhos puxados.
– Leve isto com você! – Disse, entregando o maldito cheque a ela.
– É o meu pagamento?
– Você terminou o projeto. Você ganha isso, e é tudo que vai levar daqui!