Eu abri os meus olhos procurando pelos sons que me atormentaram por horas. Eu sei que estava sonhando, mas a minha garganta estava seca, e eu sentia dor. Tanta dor. Toquei na minha barriga e estava tudo tão quieto, tão frio. O meu corpo inteiro tremeu. Perder o meu filho seria como a morte. Eu não poderia aguentar tanta dor. Não essa dor!
Olhei ao redor da sala, mas eu estava completamente sozinha. Não havia ninguém ali, comigo. Eu não tinha família, e o Juan estava no trabalho. Mas de que importava? No final, ele não poderia me ver. Nem mesmo sabe que estou aqui.
Estiquei a minha mão para pegar a água, mas a dor quase me matou.
– Hei! – Alguém gritou andando rapidamente na minha direção. – Deixe que eu pego para você.
Aquele homem gentil sequer deixou que eu segurasse o copo. Enquanto a água tratava de hidratar a minha garganta, eu o observava. Seu terno preto era luxuoso, e eu tinha quase certeza que o conhecia de algum lugar.
– Aonde eu estou? – Perguntei. Ele sabia que eu est