DAMIÁN ASHFORD
— Você acha que vou confiar em um papel que você certamente poderia ter alterado? Isso é falso... — sussurrei, tentando me convencer.
— Você gostaria... — ela disse com um sorriso vitorioso e acendeu um cigarro. — Seu pai não amava sua mãe o suficiente e, infelizmente, minha mãe não se amava o suficiente. Ela acreditava que a única coisa que precisava e merecia dele era o amor dele. Que absurdo! Não é?
— Você está mentindo! E eu já estou cansado de ouvir você. — Levantei-me abruptamente da cadeira enquanto batia com raiva na mesa. — Você não vai vir aqui manchar o nome do meu pai só para tirar dinheiro de mim. Eu não sustento parasitas.
Meu pai tinha sido um homem de valores, um pai carinhoso e um marido fiel, embora a atitude da minha mãe tornasse isso difícil, nunca acreditei que ele fosse capaz de traí-la.
— Você não se lembra dos últimos anos do papai, quando ele passava seis meses em “viagens de negócios”? — Apesar da minha atitude explosiva e violenta, ela permane