Narrado na Terceira pessoa.
Darya e Polina estavam deitadas na cama do quarto de hóspedes, rindo baixinho como adolescentes conspirando num segredo perigoso. Tinham bebido vinho escondido do jantar, e o riso fácil denunciava a ousadia crescendo em cada uma delas.
Darya: — Eu ainda não acredito que a Anya virou dona de casa. Professora certinha, agora casada com o Don, cozinhando e toda apaixonadinha. — Ela riu, pegando o celular. — Mas quer saber? Esse lugar tá cheio de oportunidades.
Polina: — Eu sei onde você quer chegar. — Os olhos dela brilharam. — Mikhail.
O nome ficou suspenso no ar como uma faísca. Braço direito de Dmitri, sempre sério, sempre presente. Alto, forte, bonito. E, apesar da postura fechada, havia algo nos olhares dele que sugeria perigo e prazer na mesma medida.
Darya: — Você viu o jeito que ele olha, né? Ele pode até bancar o intocável, mas sei que o sangue ferve.
Polina: — Eu também reparei. — Ela mordeu o lábio, pegando o celular. — Vamos ver se ele é tão durão