Cora
Olhava confusa para todos os lados, em busca de um rosto conhecido ou de algo que direcionasse minha mente que estava mais bagunçada que a praça depois da explosão.
O policial insistia em fazer perguntas.
― Eu não sei o que aconteceu ― finalmente consegui responder. Até achei que não sairia voz.
As pessoas me olhavam como se eu fosse uma criminosa.
― Havia uma bolsa com uma bomba em lugar público. Testemunhas afirmam que você estava naquele banco e que recebeu aquela bolsa de uma pessoa de boné, óculos e máscara. Muito suspeito.
É suspeito sim. O que esse homem está dizendo é que minha irmã tentou me matar. Tem que ter uma explicação... Só que eu já sei que não vou gostar dela.
― Você vem comigo.
Ele me levou algemada para uma viatura.
O que está acontecendo com a minha vida? Eu só quero voltar para casa, para o meu cachorro, meus pacientes, minha vida tranquila.
Depois de sair de um cativeiro me vejo em uma delegacia, sendo acusada de terrorismo.
O policial fazia perguntas que e