Cameron
Não faço ideia de como cheguei em casa.
Acordo cinco da manhã depois de um sonho onde o velho Rodrigues me repreende.
Você disse que se casaria com minha filha e está deixando ela viver assim? Você não é nada do que eu esperava.
Suas palavras reverberam na minha cabeça.
Nem vejo o momento em que saio do meu apartamento com a chave que Alexandre me deu e entro no dela. Só percebo que carreguei meu lençol depois que me deito no sofá. É bem provável que ainda esteja bêbado.
Quando ela acordar conversamos. O mundo ainda está girando.
Fecho os olhos e parece passar poucos segundos quando sinto algo cair sobre mim. O peso cai e some com uma rapidez incrível.
― Quem é você? ― uma voz melodiosa e sonolenta pergunta. Conheço essa voz.
― Cameron ― respondo simplesmente. Uma dor de cabeça infernal faz parecer que meus miolos vão explodir.
Puxo o lençol e me revelo. Dando de cara com a arma apontada na minha cara. A arma nem é o que mais chama a minha atenção. Meus olhos estão vidrados no