Zara Miller
A Alemanha me recebeu com o clima cinzento e úmido de sempre, como se até o tempo estivesse alinhado com a incerteza e o aperto que eu sentia no peito. Eu estava determinada, mais do que nunca, a encontrar João. Com o nome do hospital em mãos, segui direto para lá, tentando manter a calma e o foco. Cada batida do meu coração parecia mais forte, como se me lembrasse da importância daquele momento. Tudo o que eu tinha era a esperança de que finalmente o reencontraria.
Cheguei à recepção do hospital, o ar estéril e silencioso ao meu redor, enquanto enfermeiras e médicos passavam apressados. Fui até o balcão e, tentando soar confiante, perguntei:
— Olá, estou procurando o doutor João Collins. Ele trabalha aqui?
A recepcionista olhou para mim por um segundo, surpresa, antes de verificar o sistema.
— Me desculpe, mas não temos nenhum doutor com esse nome aqui no hospital.
Essas palavras caíram sobre mim como um balde de água fria. A pequena chama de esperança que eu carregava s