POV AMÉLIA.
Me espreguicei na cama, esticando-me toda. Quando toquei o lado da cama onde Magnos dormia, ele estava vazio. Meu marido já havia se levantado há muito tempo, a julgar pelo local, que estava gelado. Abri os olhos e olhei em volta, não encontrando ninguém. Senti-me abandonada e carente, acostumada a acordar com Magnos ao meu lado. Então, o dia em que ele não estava, eu ficava triste. Suspirei e me levantei.
— Você notou? — perguntou Ravina, invadindo minha mente.
— Notei o quê, criatura? Acordei agora, nem sei quem sou ainda — falei, rindo.
— Não percebeu que estamos enxergando no escuro? — perguntou Ravina. Arregalei os olhos e quase caí ao notar que as cortinas estavam fechadas, mas eu estava enxergando perfeitamente, como se fosse dia. Sentei-me de novo na cama.
— O que está acontecendo comigo? — perguntei nervosa.
— Acalme-se e respire. Acho que é algum dos nossos poderes. Eu me sinto mais forte, como se algo quisesse sair — disse Ravina. Ouvir aquilo me deixou preocupa