CAPÍTULO 39

Gaia tentou abrir os olhos, mas parecia muito difícil. Seu corpo estava entorpecido, cansado, como se tivesse tido um longo dia de exercícios pesados. Ela tentou reconhecer qual parte de seu corpo obedeceu ao seu melhor, mexeu um pouco os dedos, as mãos, sentiu a suavidade da folha de seda e uma picada no nariz. A luz estava baixa e não incomodava suas pálpebras, ela procurava um ponto de referência e o nevoeiro ao seu redor parecia limpar pouco a pouco.

Ela reconheceu imediatamente o quarto onde estava, o apartamento em Roma, Alessandro... Teria tudo sido um sonho? Teria ela adormecido e aquela viagem a Mykonos, Leandro, a morte de Leônidas... Teria tudo sido um pesadelo horrível que agitava sua memória? Ela teria gostado que assim fosse, mas enquanto se agitava, uma dor aguda no ombro a despertava totalmente acordada.

Em seu pulso direito foi conectado um soro fisiológico, cujo saco estava quase vazio sobre a cabeça da cama. Ela puxou lentamente o lençol que a cobria e ficou tranqüi
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