O Teatro da Força.
Miguel encena a vulnerabilidade enquanto prepara seu próximo passo.
Miguel estava sentado na cadeira de rodas, a expressão cansada e uma atadura improvisada envolvendo sua mão. Após a intensa noite de revelações, ele mal conseguiu descansar; sua mente estava em alerta, e o desespero que o consumia pelo destino de Clara se misturava com uma raiva contida. Mas agora, era hora de seguir com o plano. Ele pegou o telefone e ligou para a recepção.
— Bom dia. Poderiam enviar alguns curativos e uma atadura para o quarto, por favor? Ah, e também algum remédio para dor de cabeça.
Poucos minutos depois, o serviço de quarto entregou os itens, e Miguel fez uma atadura em sua mão, disfarçando os hematomas que havia causado na própria pele pela frustração e os golpes na parede.
Por volta das seis da manhã, Cecília começou a despertar. Seus olhos ainda estavam meio fechados, e a primeira imagem que viu foi Miguel, aparentemente adormecido na cadeira de rodas, com a mão enfaixada. Ela piscou, surpresa