Então, sem hesitar, ele pegou o telefone e ligou direto para André, despejando insultos logo de cara.
Disse-lhe que não era digno de ser pai, que não passava de um animal e como ousava humilhar o próprio filho daquela maneira.
No escritório da presidência da VerdeCapital, a cena beirava o cômico: há pouco, André havia acabado de xingar o filho, e agora era ele quem apanhava dos gritos do próprio pai.
E pior: os insultos vinham ainda mais cruéis, como uma tempestade de maldições caindo sobre sua cabeça, deixando-o sem coragem de responder por um bom tempo.
Somente quando o Sr. Henrique terminou de extravasar sua fúria, André, rangendo os dentes, ousou retrucar em tom contido:
— Pai, o senhor diz que eu não trato meus dois filhos de forma justa… Mas e o senhor? Trata os dois netos do mesmo jeito? Sérgio também é seu neto de sangue. Vai simplesmente assistir enquanto Gabriel o esmaga?
Respirou fundo, o rosto contraído de frustração, e continuou sem dar tempo para o pai responder:
— Foi o