Eduardo a encarava fixamente. Ela era jovem demais, pouco mais de vinte anos, e por isso cada mentira escapava cheia de falhas, fácil de desmascarar.
— É mesmo? — Ele disse, a voz cortante. — Então mandarei investigar a joalheria onde vocês se encontraram. Vamos descobrir exatamente o que aconteceu naquele dia.
As palavras caíram como um raio. Inara estremeceu inteira, o pavor estampado no olhar. O coração disparou em desespero.
“E agora? Se eles investigarem, vão descobrir que eu colaborei de bom grado... Que a Vitória realmente me prometeu vantagens...”
— Você tenta se pintar como vítima, mas a sua atuação é patética. — Eduardo ironizou. — Nem chega a um décimo da encenação daquela Vitória.
Ele se aproximou, firme:
— Se abrir o jogo agora, ainda há tempo. Qual foi o acordo entre você e ela?
As pernas de Inara perderam as forças. Ela se deixou cair no chão, desmoronada.
Penildon olhou para a filha, o peito prestes a explodir de raiva.
Se ela tivesse sido apenas coagida, sem saber de n