Um homem caminhava apoiando uma mulher ao seu lado. Ela estava com o ventre inchado de gravidez e gemia de dor, chamando a atenção de Beatriz.
Ela se virou e viu a mulher segurando o próprio abdômen, o rosto contraído em sofrimento, até cair de joelhos no chão, incapaz de dar mais um passo.
O homem, suando em bicas e tomado pelo desespero, olhou em volta em busca de ajuda, até que seu olhar encontrou o de Beatriz.
— Por favor, você pode me ajudar a colocar minha esposa no carro? Preciso levá-la ao hospital. — Pediu ele.
— O que aconteceu com ela? — Perguntou Beatriz, preocupada.
— Foi culpa minha. Nós discutimos, e ela acabou descendo do carro. Ao pisar na calçada, torceu o tornozelo e caiu. — Respondeu o homem, a voz cheia de remorso. — Ela está a dois meses do parto. Preciso levá-la ao hospital o quanto antes.
Enquanto falava, tentou erguer a esposa. Mas os gemidos dela só aumentaram, ainda mais fortes.
— Não puxe pelos braços! Ela está grávida. Precisa apoiar pela cintura, segure-a