O que fazer nessas duas horas?
Já tinha passado a tarde inteira passeando e comprando coisas. Mesmo com o cartão black em mãos, Vitória ainda fazia questão de se conter nas escolhas, afinal, precisava sustentar sua imagem.
Ao abrir o mapa no celular, pensou em procurar alguma loja de luxo ali por perto. Mas, de repente, reconheceu uma avenida familiar, um ponto de referência que lhe despertou lembranças.
A antiga empresa ficava a apenas dois quilômetros dali.
O canto da boca de Vitória se ergueu em um sorriso enviesado. Uma nova ideia lhe surgiu de repente.
— Vamos até a Agência Nova Arte. Quando pedi demissão, deixei algumas coisas no armário do depósito. — Ordenou ao motorista particular.
— Sim, senhorita. — Respondeu ele prontamente.
No banco traseiro da limusine, espaçoso e confortável, Vitória cruzou as pernas e tirou um pequeno espelho da bolsa. Retocou o batom com calma e, depois, olhando o próprio reflexo, curvou os lábios em um sorriso de triunfo.
Finalmente… Chegou a hora del