Priscila ficou sem palavras.
— À tarde eu vou visitar a minha amiga que foi vítima, aquela que só ontem saiu do estado de risco e que ainda não recobrou a consciência. — Prosseguiu Letícia, enfatizando certas palavras e lançando um olhar direto para Vitória. — O Sr. Renato está tanto tempo fora do país... Seria melhor que fosse meu irmão a acompanhá-lo para conhecer a cidade. Imagino que entre homens vocês terão muito mais assunto.
Renato a observou sem demonstrar reação. Respondeu simplesmente, com voz neutra:
— Tanto faz. Se a Srta. Letícia tem compromissos, cuide deles primeiro.
Letícia devolveu outro sorriso falso, depois abaixou os olhos e voltou a comer em silêncio.
A tentativa de Priscila de aproximá-los caíra por terra. A filha não fez a menor questão de colaborar, e o sorriso que ela manteve no rosto não disfarçava o constrangimento. Então tratou de mudar o rumo da conversa:
— Que o Edu te leve, então. Assim você conhece melhor a cidade. O fim de semana é perfeito para isso.
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